quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um atentado contra a infância

Casos de pedofilia estão sendo noticiados pela mídia com grande frequëncia nos últimos tempos. Casos chocantes vem assustando a população sobre o tipo de mosntro que está solto nas ruas e que, só se toma conhecimento dele depois que a vida de uma criança já foi arrasada.

Infelizmente casos como os da mídia também acontecem em Viçosa. No bairro Nova Viçosa foi decretada a prisão preventiva de Natanael Antônio da Silva, aposentado de 74 anos, acusado de ter estuprado uma menor de 10 anos e molestado uma de 9 anos.

Natanael abordou as duas enquanto elas passavam em frente a casa dele, e ofereceu 10 reais para que elas fizessem uma faxina, e ao entrarem ele trancou a porta impedindo que elas saíssem e obrigando as menores a atos contra a vontade delas.

O caso só foi descoberto porque a menor de 10 anos reclamou com a mãe que não estava conseguindo urinar. Levada ao Hospitão São Sebastião, o plantonista constatou o estupro e a infecção por uma doença sexualmente transmissível.

O aposentado além de preso também teve a sua casa incendiada pela população do bairro, revoltada contra essa violência absurda contra duas crianças. Não sei se isso foi certo, mas sei que a punição contra a pedofilia se tornou mais rigorosa agora, e espero que todos os Natanaeis do Brasil paguem pelo horror que fizeram. E espero que paguem bem caro.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Escolas e conflitos...

Foi matéria de capa de um jornal de Viçosa, a agressão física sofrida por um professor da rede estadual de ensino. O ato violento foi praticado por um ex-aluno da escola pública, que fica no bairro Silvestre. O espancamento do professor T. Gomes gerou sentimento de revolta entre seus colegas de profissão e fez com que o Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Viçosa) organizasse um protesto. Como este, muitos outros casos foram divulgados na mídia semana passada. A violência nas escolas tem chamado atenção pelo seu alto índice de ocorrência nos últimos anos.

Em alguns casos, as escolas são vítimas de traficantes, que escondem suas armas em salas de aula e corredores, como aconteceu no Rio de Janeiro semana passada. Outras vezes, a violência tem origem na própria escola. Na segunda situação, nem sempre os alunos são os agressores. Embora a incidência de agressões a professores e funcionários de escolas seja maior. Mas por que a Escola tem sido alvo de tantos conflitos?

O pedagogo Dimas Cassimiro fala sobre a escola como uma materialização da ideologia burguesa. Eu concordo com ele. Desde pequenos aprendemos a vencer, conquistar, ser o maior, o melhor, ter muito dinheiro. Somos estimulados a alcançar esses objetivos a qualquer custo. As diferenças quase sempre são desprezadas, e o indivíduo que não se encaixa no perfil proposto ela sociedade (e pela escola, portanto) acaba sendo menosprezado e excluído. O atual sistema de ensino, de maneira generalizada, não prioriza a formação do caráter das pessoas. O filme Elefante, dirigido por Gus Van Sant, ilustra muito bem essa questão da violência escolar causada por jovens excluídos dos demais alunos por serem ‘diferentes’.

A escola é o um local onde se encontram diversos mundos, inúmeras personalidades, diferentes tipos de pessoas, com referências e origens distintas. E é exatamente neste local aonde os indivíduos dão início ao processo de socialização. As diferenças devem ser respeitadas e consideradas importantes. Agressões físicas e verbais, principalmente nas escolas, não devem ser tratadas com negligência. Aos responsáveis pelo controle das escolas, cabe o dever de ficarem atentos à formação do caráter dos alunos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Uma pequena reflexão...

Aqui no blog nós já abordamos algumas vezes o polêmico tema da redução da maioridade penal. Para aprofundarmos um pouco mais na reflexão desse tema, aqui está o nosso podcast!
Ouça e comente!




Todo cuidado é pouco (parte II)

Como contribuidora de um blog, eu obviamente tenho noção do quanto a internet já faz parte do nosso dia a dia e de como toda essa tecnologia é envolvente, viciante e agradável. Quem começa a se integrar acaba entrando em várias ondas: MSN, Orkut, e-mail, twitter... Não há como negar que tudo isso é muito bom, mas na internet onde nenhuma informação é totalmente protegida, vale a pena tomar cuidados em dobro.

O caso não aconteceu em Viçosa, mas merece ser comentado aqui. A mineira de Varginha, Carla Cristina Vieira, conheceu um namorado através do Orkut, com quem já tinha um relacionamento de três meses. O suposto Carlos Eduardo (Cadu) conheceu até os pais da moça, ficando alguns dias na casa deles.

Carlos, que na verdade chamava Patrick Leandro Ferreira, seqüestrou Carla, que viveu nove dias de terror numa favela do Rio de Janeiro. Primeiro o seqüestrador pediu 100 mil reais de resgate, depois baixou para 80 mil e depois para 30 mil. O resgate não chegou a ser pago, pois o Departamento de Operações Especiais da Policia Civil de Minas Gerais juntamente com a Divisão Anti-Sequestro do Rio de Janeiro entraram e ação e resgataram a vítima.

Apesar de alguns cortes e escoriações, Carla não teve maiores conseqüências além das terríveis lembranças que ficaram e do possível medo da internet nesse momento. Fica aqui o alerta do nosso blog mais uma vez, para mostrar que todo cuidado é pouco. A internet proporciona várias facilidades, entrenimento e informação, mas também serve de oportunidade para golpistas se darem bem em cima de pessoas despreparadas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quem ama não mata

Saiu no jornal Tribuna Livre este texto de minha autoria e achei interessante trazer pra cá, já que o assunto se encaixa tão bem na temática do blog.
Em todos os crimes passionais famosos, cometidos desde a década de 60 no Brasil, verificam-se origens semelhantes. Geralmente a raiz do crime está em uma não correspondência amorosa por parte de vítima. Sentimentos de posse e de honra ferida, ciúme doentio, desequilíbrio emocional, e ódio perpassam todos os crimes desse tipo. Alguns casos merecem destaque, devido à sua repercussão nacional, como a “Fera da Penha” na década de 60; o caso de Doca Street, de 1976; o crime de Pimenta Neves em 2000; Lindomar Castilho em 1981 e o mais recente, o de Lindemberg Faria. Em todos eles, a paixão se transformou em ódio e acabou em morte.

O caso de Neide Lopes, a fera da penha, de 1960, talvez o mais cruel de todos, envolve uma criança de 4 anos. Quando descobre que seu namorado, Antônio Couto, é casado, tem duas filhas e que não está disposto a abandonar a família, Neide se vinga, assassinando a filha mais velha dele. O fato de não suportar ser ‘a outra’ fez com que Neide descarregasse seu ódio em uma criança inocente. O que lhe rendeu uma sentença de 33 anos de prisão, dos quais cumpriu somente 15.

O assassinato da socialite Ângela Diniz, em 1976, também ficou nacionalmente conhecido. O sentimento de posse e a não aceitação do fim do romance, fez com que o namorado de Ângela, a “Pantera de Minas”, Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, assassinasse a jovem com quatro tiros durante o reveillon daquele ano, em Búzios, no Rio de Janeiro. Qualquer semelhança com Lindemberg Faria não é mera coincidência, e sim o ódio provocado pelo orgulho ferido e um total desequilíbrio emocional.

Lindomar Castilho é outro exemplo de ciúme doentio, possessão e ódio. Ele assassinou friamente a ex-mulher, Eliana de Grammont, poucos dias após a formalização do divórcio. O criminoso indicou o seu primo, Carlos Roberto da Silva, como pivô de sua separação, e também se vingou dele com um tiro. Eliana e Carlos de fato mantinham um romance, que provocou o ódio de Lindomar. O assassino afirmou que no momento do crime se desligou da realidade em função da violenta emoção que sentia.

O ex-diretor do jornal o Estado de São Paulo, Pimenta Neves também merece destaque nesta lista. Ele assassinou a ex-namorada Sandra Gomide, em agosto de 2000, com dois tiros, após o término de um longo namoro. O assassino já havia apresentado problemas de desequilíbrio emocional e chegou a invadir a casa da ex-namorada, armado. Ele afirmou que a jornalista Sandra Gomide o traía. Hoje o criminoso cumpre a pena em liberdade.
Seguindo a série de crimes passionais, vem o caso mais recente, que chocou o país no último mês. Aconteceu em Santo André, em São Paulo, e é claro que não podia faltar o seqüestro. O rapaz, inconformado com o término do namoro e tomado por um ciúme doentio, seqüestrou e matou a ex-namorada. Lindemberg Faria manteve Eloá Cristina, de 15 anos, em cativeiro por 100 horas. O assassino disparou 2 tiros contra a jovem, que morreu logo depois. Constituindo mais um caso de ciúmes, possessão e desequilíbrio mental.
Não se pode saber até que ponto uma pessoa rejeitada, enciumada e desequilibrada pode chegar. Nos diversos casos de crimes passionais, embora em diferentes circunstâncias, os criminosos têm sempre os mesmos motivos. Os assassinos continuam sendo tratados com impunidade. A maioria cumpre pena em liberdade ou cumprem apenas parte dela. A emoção violenta ou a legítima defesa da honra devem deixar de ser desculpas para crimes hediondos, uma vez que forte emoção e orgulho ferido são apenas os motivos destes.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Menino de 30 anos

Acompanhar as páginas policiais de um jornal pode ser uma nova descoberta a cada edição. Desde o tom sensacionalistas que algumas matérias podem adquirir à fatos mirabolantes em si mesmos, a página policial, parte preferida de muitas pessoas em um jornal, é no mínimo curiosa. Nem todo dia se tem notícia de fuga de presos, de esfaqueamento ou coisa assim. Não, delitos menores também têm seu espaço garantido. E um deles prendeu a minha atenção.

Aconteceu no Centro, e logo a vítima foi à polícia e o autor da agressão confirmou. Aparecida Rita Gualberto estava ao telefone quando foi surpreendida pela entrada de eu sobrinho Shirley Gualberto, que partiu para cima dela e a jogou no chão, provocando uma cntusão no cotovelo esquerdo dela e escoriações na perna esquerda. Assim que a Polícia Militar foi notificada, deu voz de prisão à Shirley que confirmou ter agredido a própria tia. Motivo: disse que ela o menosprezava e implicava com ele.

Ora, Shirley não é nenhum menino, tem 30 anos. Supostamente pessoas com essa idade já deveriam ter maturidade o suficiente para não se guiar por impulsos violentos e, principalmente, saber a desconsiderar o que não vale a pena. Não sei se a tia de Shirley tem razão ou não de menosprezá-lo (embora o ocorrido possa dar uma certa idéia), mas creio que isso deliberamente não lhe dá o direito de reagir com violência. Sorte que os resultados foram menos graves. Pena quem sempre as notícias de páginas policiais são "leves" assim...

sábado, 8 de novembro de 2008

Com arma na mão, ou no bolso

O porte ilegal de armas é crime, previsto no Art. 14 do Estatuto do Desarmamento (Lei 10.826), e resulta em pena de dois a quatro anos de reclusão e multa. Mesmo após criação do Estatuto em 2003, carregar uma arma pode ser mais fácil do que parece. Saiu esta semana num jornal da cidade, uma notícia sobre um adolescente que carregava uma arma de fogo.

Enquanto realizava um patrulhamento no dia 4 de novembro, à rua Agenor Pires Dantas, no bairro Nova Viçosa, a Polícia Militar apreendeu um adolescente com uma pistola calibre 6,35. O jovem, não identificado pelo jornal, carregava a arma no bolso de sua calça e chamou a atenção dos policiais, que estavam na viatura, após demonstrar um certo nervosismo. Consta na matéria que o menor foi revistado pelos policiais, mas não se sabe exatamente o que aconteceu com ele depois disso.

Nesta situação estamos falando não somente de porte ilegal de arma com pena de reclusão, mas também possivelmente de omissão de cautela. Isso ocorre quando o dono da arma deixa de tomar as precauções necessárias para evitar que um menor de 18 anos ou uma pessoa com doença mental se apodere de sua arma de fogo. Essa conduta também consiste em um crime, também previsto no Estatuto do Desarmamento, cuja pena é de detenção de um a dois anos mais multa.
Essa notícia mostra como e fácil andar por aí com uma arma no bolso. Essa fiscalização falha é preocupante, pois uma arma de fogo é sempre uma ameaça à vida.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Missão Impossível! Impossível não ver...

Quem ler o jornal Tribuna Livre dessa semana vai se deparar com a notícia de que, na cidade Visconde do Rio Branco, houve uma fuga de cinco presos fugiram da cadeia local. Essa é uma notícia que vale a pena refletir.

Primeiro, e óbvio, é a fuga de cinco presos de uma cadeia. Como a população pode ter sossego se além dos bandidos soltos nas ruas, os que estão presos não conseguem ser mantidos na cadeia? Em segundo lugar, a informação de que presos teriam fugido chegou à Polícia Militar através de denúnica anônima, o que me leva a crer que quem fez a denúncia é provavelmente um civil que more por perto da cadeia. Naturalmente, ao perceber a fuga, o cidadão deve ter-se preocupado e alertado a PM. Mas como a PM não percebe a fuga de cinco presos, sendo estes de duas celas diferentes?
Mas o mais chocante é a fuga em si. O primeiro meio foi, como já esperado, um buraco. Mas não pára por aí. O buraco feito na parede da cela 4 deu para a cela 3. Dessa cela fizeram um novo buraco que deu na sala reservada para detetives da Polícia Civil, onde os presos danificaram uma janela e saíram por ela. Para a rua? Ainda não, saíram na garagem da Cadeia, onde escalaram um muro que dava acesso à via pública. Quase um filme de ação, não?

Vamos levar em consideração que era por volta de uma da madrugada, então havia poucos policiais no local. Mas na madrugada ouvir qualquer ruído é muito mais fácil. E certamente para cavar dois buracos em duas paredes diferentes, quebrar uma janela e escalar um muro, muita movimentação (afinal, 5 homens!) e barulho deve ter sido feito. Como ninguém percebeu? Onde estavam os carcereiros? Aliás, será que tinha carcereiros?

A notícia da fuga começa falando que os policiais de Visconde do Rio Branco tiveram muito trabalho na semana. Sim, muito trabalho... Apenas um preso foi capturado.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Olhe para trás...

O Sem Tinta tem mostrado vários crimes com duas características evidentes: Uma, a falta de atenção ou de cuidado da vítima, que acaba dando "brechas" para a atuação dos bandidos. Outra, os criminosos geralmente não são localizados. O que está acontecendo? Por que os autores sempre conseguem escapar? Será que faltam policiais nas ruas? Parece que sim.

Acho que o contador José Soares Martins concordaria comigo, ou, pelo menos, não teria sua moto roubada, se a Polícia estivesse pelas redondezas. José, de 49 anos, é mais uma vítima da criminalidade em Viçosa.

Por volta das 22 horas do último dia 23, ele teve sua moto roubada, da garagem de sua casa, que fica na rua Luiz Bhéring, do bairro Santo Antônio. José contou à Polícia que foi seguido por dois indivíduos, um de bicicleta e o outro a pé, portando uma arma. Ele não podia imaginar que estava sendo seguido. E quem imagina essas coisas?

Claro, não podemos andar feito neuróticos, achando que tem alguém atrás. Mas, em todo o caso, não custa nada ficar ligado. Como não temos olhos de águia, é bom dar uma olhada ao redor, quando estivermos em lugares mais isolados e ou escuros.

Se eu estivesse sendo seguida, passaria direto pela minha casa, ou pegaria um caminho diferente e bem movimentado! Assim evitaria pelo menos que os bandidos entrassem em minha casa e levassem qualquer coisa de lá.

A vítima dessa vez teve... será que eu poderia dizer... sorte? Felizmente José não sofreu agressões físicas. Pelo menos isso...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Todo cuidado é pouco...

Este blog tem tratado muito sobre a atenção, que evita roubos e furtos por vítimas desatentas. Tem tratado sobre os sentimentos humanos que levam pessoas a cometer crimes contra o seu próximo. E tem refletindo ainda a respeito da violência nas ruas de Viçosa. Acontece que esse é um post diferente. Não é sobre a violência que paira nas ruas, nem pessoas íntimas suas que te fazem algum mal. Esse problema aconteceu dentro de casa com alguém que estava dentro da rotina.

O estudante Victor Hugo Marqui saiu de sua casa por volta de 7h30min da manhã, trancou a porta por segurança e foi estudar. Ao voltar para casa à noite percebeu que seu notebook não estava mais lá. A principal suspeita pelo furto é a empregada, por vários motivos. O primeiro é a ausência de sinais de arrombamento, indicando que foi alguém que tem livre acesso à casa. Além disso, ela ficou sozinha em casa pela hora do almoço, saindo para buscar a filha menor de idade na Delegacia, que teria brigado com outra menor. Não há nenhum boletim de ocorrência que comprove isso.

Acho que essa é a hora de refletir a violência pura e simples. O estudante não foi descuidado, tomou suas precauções, mas infelizmente nem sempre isso é o bastante. Longe de casa, em outra cidade, alguns até em outro estado, é complicado saber se a pessoa que você está contratando é honesta ou não. Vale a pena pedir uma indicação a amigos e vizinhos da próxima vez.

sábado, 25 de outubro de 2008

Voltando da balada, ou indo.

São muito freqüentes os assaltos a estudantes em Viçosa. Principalmente por que eles “dão mole” mesmo. Como por exemplo andar pelas ruas do Centro, altas horas da noite. Mesmo com todos os alertas da mídia local sobre a violência, ainda tem gente que se arrisca. É o caso de dois jovens, Henrique Carneiro e Marcelo Moreira, de 19 e 18 anos, respectivamente.

Henrique foi abordado por dois indivíduos, por volta de uma da manhã do último domingo (19), quando passava pela Rua dos Passos, no Centro. O estudante contou à Polícia que caiu no chão após levar uma paulada na nuca. Ainda no chão, Henrique conta ter sofrido socos e pontapés. Ele ficou sem seu RG, sem as chaves de casa e sem dez reais. Mas isso pouco importa perto dos ferimentos, e da amarga lembrança. O jovem de 19 anos foi levado ao Hospital São João Batista. A PM não encontrou os agressores.

O estudante Marcelo não teve mais sorte do que Henrique. Ele foi agredido às 22 horas de sexta-feira (17), por seis indivíduos, no Tiger do Posto Caçula (ponto bastante freqüentado por estudantes, antes e depois da noitada). Marcelo, que admitiu estar alcoolizado no momento da agressão, foi levado, pelo Corpo de Bombeiros da UFV, ao Hospital São João Batista. Não se sabe exatamente o motivo pelo qual o jovem foi espancado. Se é que a vítima se lembra. Suponho que deva ter acontecido alguma provocação por parte dos agressores, pois se sabe que, para os marginalizados, os estudantes são “tudo playboyzinho mané”. E mais uma vez, os criminosos não foram localizados. Ou seja, continuam por aí, cometendo crimes.

É melhor não dar bobeira nas madrugadas de Viçosa. E olha que no segundo caso nem era tão tarde. Ainda tinha outro agravante: a embriaguez da vítima. Uma vez bêbada, a pessoa pode perder o bom senso, revidar provocações, perder os reflexos e aí fica mais difícil sair de uma situação dessas.

Muitas pessoas pensam “isso não vai acontecer comigo”. Mas com esses agressores soltos por aí, ninguém está livre. De qualquer forma, os riscos podem ser evitados, seja voltando mais cedo para casa, seja dando uma de calouro e andando em bando, seja pegando um táxi.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ciúmes, ciúmes de você...

Aproveitando a última postagem abaixo, decidi continuar com o mesmo tema: ciúme. Eu poderia dizer que embarquei na onda desse tema, mas a verdade é que ciúme é um tema sempre atual. Sempre tem algum crime, ou tentativa de um, passional. Coisas inimagináveis podem fazer uma pessoa atacada pelo ciúme ou pelo amor próprio ferido. E aqui em Viçosa, como não poderia deixar de ser, isso também acontece.

O Bairro Amoras presenciou a discussão de duas mulheres, motivada pela descoberta de que ambas tinham um romance com um mesmo homem. A briga começou quando uma descobriu e invadiu a casa da outra quebrando a janela e a porta da frente para brigar. Os filhos de ambas entraram na briga e até tentativa de esfaqueamento houve. Os feridos foram levados ao hospital São João Batista e depois encaminhados à Delegacia.

Claro que apenas pelo Boletim de Ocorrência não é possível saber o que houve após, mas é possível imaginar. As duas mulheres continuam disputando o mesmo homem safado, se mordendo de ciúmes e tentando não aprontar uma briga, mas sempre se alfinetando quando têm oportunidade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Amor patológico: Jovem seqüestra ex-namorada em SP

Inconformado com o término do namoro, Lindemberg Alves decide seqüestrar a ex-namorada, Eloá Cristina, de 15 anos. O seqüestro aconteceu em Santo André, na grande São Paulo, nesta segunda-feira (13) e dura até agora. Ciúme doentio ou orgulho ferido? Que motivo levou Lindemberg, de 22 anos, a seqüestrar a ex-namorada?
O caso começou às 13:30h de segunda-feira, quando o jovem invadiu a casa de Eloá, tomando ela e mais 3 amigos como reféns, sob a mira de um revólver. Os colegas da menina foram libertados, mas ela continua presa. O seqüestro já dura 72 horas.
Quando ainda namoravam, os colegas de Eloá já haviam percebido um comportamento possessivo do rapaz. Em outras ocasiões, como no futebol, Lindemberg demonstrava um comportamento diferente. Segundo seus amigos, ele era conhecido como um cara tranqüilo e brincalhão. Motivo que causa mais estranheza para aqueles que conhecem os dois jovens.
O namoro tinha tudo para se tornar uma bela história sobre “primeiro amor”. Quando começaram a namorar, ele tinha 19, ela,12 anos. Uma amiga relata que eles tinham um vida normal. Mas o término do namoro fez surgir a personalidade violenta do rapaz. Muitos crimes passionais têm início com uma história de amor.
O comportamento agressivo do seqüestrador é caracterizado pelo psiquiatra, Táki Cordás, como “amor patológico”. Segundo o médico, o distúrbio se assemelha à uma dependência química. No caso de Lindemberg, o relacionamento se tornou um vício. Fato que o levou a demonstrar um comportamento violento ao perceber que o namoro não tinha mais volta. É como uma crise de abstinência de drogas, que deixa a pessoa nervosa e agressiva.
Como tudo em excesso faz mal, com o amor não é diferente. O sentimento não pode causar dependência nem ciúme excessivo. Ninguém é posse de ninguém. Um dos pontos principais em uma relação é respeitar a liberdade do outro.

domingo, 5 de outubro de 2008

Maioridade penal e impunidade

A maioridade penal é um assunto muito polêmico. Um adolescente menor de idade já tem consciência de suas atitudes. Sou a favor da redução da maioridade penal, mas não acho que mudaria muita coisa se ela diminuísse de 18 para 16 anos apenas. Um exemplo disso, foi o crime ocorrido no bairro Santo Antônio. No último dia 27, às 16 horas, uma menina de 12 anos foi esfaqueda por um garoto da mesma idade.

Segundo a mãe da vítima, há algum tempo o agressor vinha importunando sua filha, com xingamentos do tipo "cabelo de bombril", "piolhenta", entre outros. Crianças, ao contrário do que muitos pensam, podem ser muito perversas. Certas implicâncias infantis, aparentemente inofensivas, devem ser reprimidas / punidas, pois podem ter sérias consequências. E foi justamente o que aconteceu na tarde daquele sábado, quando o agressor, após xingar sua vizinha de bairro, atacou-a com uma facada nas costas. A menina foi levada para um hospital e o agressor recebeu, em sua casa, voz de apreensão da Polícia Militar.

Um menina foi esfaqueada e seu agressor advertido. Isso é justo? A questão da maioridade penal precisa ser revista, definitavamente. A criminalidade juvenil precisa ser contida.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Não é caso de polícia

Não precisa morar num Rio de Janeiro ou numa São Paulo para constatar que a violência está crescendo em todos os lugares. E quanto mais cresce a violência, mas diminui a liberdade de quem não ganha a vida tirando o que é dos outros. Viçosa não é diferente.

Quando o curso de Jornalismo foi implantado na UFV em 2001, um aluno da primeira conta que podia-se voltar para casa a qualquer hora, em qualquer horário, em qualquer bairro que ninguém que ele conhecia tivesse sido assaltado. Mas em sete anos muita coisa mudou. Muitos cursos foram criados, muitas pessoas de repente chegaram na pequena cidade e a violência passou a se tornar cada dia maior. A questão agora é tomar cuidado.

Não foi bem isso que aconteceu com um estudante na semana passada, às 23 horas, quando entrava no seu prédio conversando no celular. Foi abordado, o assaltante pediu dinheiro e ele bem que tentou enrolar o ladrão, mas acabou dando 10 reais para não ter que sentir se o canivete que ele mostrava estava afiado ou não.

O curioso desse fato é que o estudante não quis chamar a polícia, não quis registrar boletim de ocorrência. Uma hipótese seria pelo baixo valor do assalto: 10 reais. Mas não, nas palavras dele “em Viçosa não há a menor possibilidade de se registrar uma ocorrência, conversamos com o síndico a respeito da implantação de um cargo de segurança, afinal, essa não foi a primeira vez nos arredores”. Penso que o problema em si não é a impossibilidade de se registrar um B.O., mas na frustração de ver que isso, na maioria das vezes, não dá em nada. O descontentamento relatado pelo estudante ao ser assaltado não precisava ser reafirmado ao ver o caso dar em nada. É estranho, curioso e frustrante que quando a impunidade reina, crime não é caso de polícia.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

São tantas emoções...

Dizem por aí que o futebol é a paixão nacional. Disso ninguém duvida. Só o que nem sempre se comenta é que em nome de uma grande paixão se comete grandes loucuras. Loucuras estas nem sempre muito boas. E aqui em Viçosa costuma acontecer campeonatos aos domingos, em que os times dos bairros disputam entre si. Um dos locais onde essas competições estão ocorrendo é no campo do bairro Silvestre, e no dia sete de setembro, dia da Independência, um dia comemorativo por si só, dois times se enfrentavam.
Domingo, dia de sol, feriado nacional e, para completar, jogo de futebol. Tudo leva a crer que deveria ser uma tarde agradável, se a tal paixão não tivesse levado alguns jogadores a cometerem crime passional. Durante a partida, o jogador Flauzemir discutiu com o goleiro adversário, Fagner, após o jogo, Fagner teria cuspido em Flauzemir, que revidou com uma cabeçada e acabou levando um soco. A partir daí, a passionalidade que era só dos dois impregnou mais pessoas, e Amaral, do time de Fagner, veio em sua defesa a chutar Flauzemir que já estava no chão. A briga continua, mais pessoas se envolvem, os envolvidos se defendem e se acusam mutuamente e no final da tarde todos na delegacia... Mas o que eu gostaria de ressaltar aqui é mesmo a paixão.
Não sei se é a paixão pelo futebol que faz jogadores agredirem os adversários ou se é uma paixão do amor-próprio de não aceitar uma derrota ou sequer um xingamento (pois seria esse o motivo alegado por Amaral para ter entrado na briga, dizendo que Flauzemir o havia ofendido). Independente de quem seja o objeto do amor, cabe pensar que embora a emoção seja uma parte maravilhosa do ser humano, ela não deve conduzir suas ações a todo momento.

domingo, 14 de setembro de 2008

Uma covardia sem tamanho

Não concordo que sejam criadas inúmeras leis, mas que apenas se cumpram as já existentes. Seria muito bom se as coisas funcionassem desta forma. A Lei 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, "cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher". Em vez de ficar criando trocentas leis o governo deveria mesmo se preocupar em fazer com elas fossem cumpridas. Infelizmente, a impunidade reina em nosso país. Essa impunidade alimenta atutides covardes e repugnantes, como a de Ouvídio Fonseca. Ele agrediu fisicamente sua esposa Luciana Fonseca, na semana passada em sua própria casa, no bairro de São José do Triunfo, Viçosa. Luciana foi agredida com socos, puxões de cabelo além de sofrer tentativa de enforcamento. O homem chegou expulsá-la de casa. Motivo: ciúmes. Por sorte ela conseguiu se soltar e ligar para a polícia. Atitude corajosa. Muitas mulheres sofrem as mesmas agressões e se mantém em silêncio. Quando percebeu que Luciana estava ligando para a polícia, Ouvídio fugiu de casa. Acredito que quando uma pessoa agride um ser mais frágil que ele é por pura convardia e insegurança. Por quê ele não arranja alguém 'do tamanho dele' para brigar? Por que ele sabe que só consegue ganhar uma briga contra uma pessoa mais fraca, ele se sente poderoso. O ciúme é uma coisa muito perigosa. Pessoas chegam a matar por ele. Felizmente, não foi esse o desfecho da história de Luciana e Ouvídio. Aliás, não houve um desfecho, pois de acordo com a polícia, o agressor "tomou rumo ignorado" e eles não "lograram êxito em achá-lo". Se este homem não for punido severamente, ele provavelmente repetirá esse comportamento. Situações como esta se repetem a cada dia não só em Viçosa, mas em todo o Brasil. Segundo uma pesquisa da OMS, uma em cada 3 mulheres de duas regiões pesquisadas afirmaram já terem sofrido agressão física do parceiro. Em Viçosa não existe uma Delegacia da Mulher, mas sua criação já foi discutida na Câmara Municipal e no Café com Papo, projeto de extensão realizado por alunos do curso de Comunicação Social da UFV. Embora a punição não seja garantida, é importante que toda mulher vítima de agressão denuncie. Cada silêncio, cada impunidade legitimam o crime.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Fica esperto!

Hoje de manhã, por volta de meio-dia, uma menina de 18 anos foi assaltada, por dois sujeitos, na rua Gomes Barbosa, no centro de Viçosa. A menina, que caminhava tranqüila, e distraída diga-se de passagem, falando ao celular, de repente foi empurrada em meio a dois carros estacionados. Deitada no chão ela se debateu, mas eles levaram o celular e saíram correndo. Dois dados me chamam atenção: o primeiro, 'meio-dia'. O segundo, 'centro de Viçosa'. Para quem não conhece, a rua Gomes Barbosa é bastante movimentada durante o dia. A propósito, a delegacia não fica muito longe dali, não leva a 5 minutos a pé. Não é novidade pra ninguém que o centro, e, sobretudo esta rua, são perigosos. Mas, retomando o primeiro dado que me chamou atenção, o horário, é bom lembrar que todo cuidado é pouco. Ao meio-dia a rua está cheia de gente, por que ninguém fez nada? Eu sei. Todos têm medo. Medo de arriscar a própria vida para ajudar uma pessoa desconhecida. Eu fui assaltada na mesma rua, no ano passado. Também por dois caras, por volta de 21 horas. Eles estavam armados, aparentemente. Mas eu não fiz questão nenhuma de conferir se a arma era verdadeira... Alguns meses depois eu ainda tinha pânico quando entrava na minha rua. Hoje não moro mais lá. O pânico passou, mas agora ando muito mais atenta. Todo cuidado é pouco. Principalmente para as mulheres, alvo fácil. É bom lembrar também que reagir pode custar a vida né? A menina se debateu. Mas é melhor entregar logo o objeto. Afinal, um celular se compra em 58 prestações nas Casas Bahia, e a sua vida não. Adolescente tem essa mania de achar que nada de ruim pode acontecer a ele (a). Acho que compensa tomar uma cerveja a menos e voltar para casa de táxi.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Uma lugar para refletir...

Essa é uma notícia de hoje tirada do site Yahoo: "Durou 5 horas e meia o drama do menino Renan, de 12 anos, que era mantido refém pelo próprio pai, identificado como Alvaro Borgonha de Moura, de 32 anos, no interior de um sobrado no Jardim Elisa Maria, na zona norte de SP." E notícias como esta são a razão deste bolg existir. Se você, ao ler uma notícias como essa também se choca, se revolta e se pergunta o que leva um ser humano a atentar contra outra pessoa, ainda mais sendo o próprio filho, você veio ao lugar certo. Aqui não é o lugar de respostas do porquê pais atirarem filhas pela janela ou manterem seus próprios filhos como reféns. Aqui é o espaço onde você pode refletir com a gente o porquê de casos assim acontecerem. Como estamos na cidade de Viçosa e o jornalismo local pode nos acrescentar mais, abordaremos mais sobre os fatos policiais dessa pequena grande cidade, mas sempre nos manteremos abertas para casos que, como esse citado, nos sirvam de objeto de reflexão.