Quem ler o jornal Tribuna Livre dessa semana vai se deparar com a notícia de que, na cidade Visconde do Rio Branco, houve uma fuga de cinco presos fugiram da cadeia local. Essa é uma notícia que vale a pena refletir.
Primeiro, e óbvio, é a fuga de cinco presos de uma cadeia. Como a população pode ter sossego se além dos bandidos soltos nas ruas, os que estão presos não conseguem ser mantidos na cadeia? Em segundo lugar, a informação de que presos teriam fugido chegou à Polícia Militar através de denúnica anônima, o que me leva a crer que quem fez a denúncia é provavelmente um civil que more por perto da cadeia. Naturalmente, ao perceber a fuga, o cidadão deve ter-se preocupado e alertado a PM. Mas como a PM não percebe a fuga de cinco presos, sendo estes de duas celas diferentes?
Mas o mais chocante é a fuga em si. O primeiro meio foi, como já esperado, um buraco. Mas não pára por aí. O buraco feito na parede da cela 4 deu para a cela 3. Dessa cela fizeram um novo buraco que deu na sala reservada para detetives da Polícia Civil, onde os presos danificaram uma janela e saíram por ela. Para a rua? Ainda não, saíram na garagem da Cadeia, onde escalaram um muro que dava acesso à via pública. Quase um filme de ação, não?
Vamos levar em consideração que era por volta de uma da madrugada, então havia poucos policiais no local. Mas na madrugada ouvir qualquer ruído é muito mais fácil. E certamente para cavar dois buracos em duas paredes diferentes, quebrar uma janela e escalar um muro, muita movimentação (afinal, 5 homens!) e barulho deve ter sido feito. Como ninguém percebeu? Onde estavam os carcereiros? Aliás, será que tinha carcereiros?
A notícia da fuga começa falando que os policiais de Visconde do Rio Branco tiveram muito trabalho na semana. Sim, muito trabalho... Apenas um preso foi capturado.
Site NucCon - UFMG
Há 8 anos
2 comentários:
Eles devem ter fechado os buracos. A polícia brasileira deveria ser mais treinada, menos criticada, mais incetivada, para podermos ver os resultados.
Deve ser difícil ser policial nos dias de hoje, acaba que um grupo leva por conta de outro. Nesse caso está um exemplo que vai arrastar consigo o nome de muitos outros policiais que nada tiveram a ver com a história e também serão colocados no comboio dos incompetentes.
Parabéns à dupla de jornalistas/cronistas policiais!
Lembrem-se, imparcialidade sempre!
Abraço!
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