terça-feira, 27 de outubro de 2009

Ligar ou não ligar?

Esse blog ficou muito tempo sem ser atualizado, não é mesmo? Peço desculpas a todos que por acaso tenham acompanhado, mas esse blog tinha sido desenvolvido para uma disciplina, e na época o interesse meu e da Marcela em continuar a atualizar foi abaixo de zero. Acontece, nós tínhamos o resto do curso pra terminar e isso aqui dava um trabalhinho, rs. Sorry.

Mas já tem algumas semanas que eu pensei em reativá-lo. Provavelmente não conseguirei atualizar com a mesma periodicidade de antes, mas tentarei não deixá-lo entregue às moscas novamente.
E nesse post de recomeço, vou começar falando não de um crime. Bom, talvez fosse. O fato é que éramos cinco num carro, com o pai de uma amiga na direção. Estávamos passando no balaústre quando vimos um cara parado ao lado de um carro, sem entrar nele, mexendo na porta e olhando muito para os dois lados.
Imediatamente ligamos para a polícia e demos umas voltas ao redor para ver o que estava acontecendo. Parecia realmente que o cara estava tentando roubar o som do carro, pois estava sentado com os pés voltados para fora, e mexendo exatamente onde estaria o som. A polícia foi rápida e nós nem ficamos para acompanhar o resto, mas como não estavam revistando ninguém e o cara continuava sentado no carro, há a possibilidade de que talvez ele fosse mesmo o dono do carro.

Quando comentei o caso na minha república, a primeira coisa que fizeram foi perguntar que o cara era negro. Era. Será que agimos só por preconceito implícito? Não quero me defender, mas que a cena foi estranha, isso foi. Nós passamos devagar, e o modo como ele olhou para os lados chamou a atenção de todo mundo no carro. Sendo assim, melhor chamar a polícia, não? E se, de fato, fosse um roubo? Se era o verdadeiro dono do carro, com certeza mostrou os documentos do carro e o equívoco terminou ali. Se não era, nós ajudamos um desconhecido.

E depois de tudo ainda fica a sensação de ter feito papel de trouxa, mas poderia ter sido realmente uma tentativa de roubo. E vocês, o que fariam?

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Um atentado contra a infância

Casos de pedofilia estão sendo noticiados pela mídia com grande frequëncia nos últimos tempos. Casos chocantes vem assustando a população sobre o tipo de mosntro que está solto nas ruas e que, só se toma conhecimento dele depois que a vida de uma criança já foi arrasada.

Infelizmente casos como os da mídia também acontecem em Viçosa. No bairro Nova Viçosa foi decretada a prisão preventiva de Natanael Antônio da Silva, aposentado de 74 anos, acusado de ter estuprado uma menor de 10 anos e molestado uma de 9 anos.

Natanael abordou as duas enquanto elas passavam em frente a casa dele, e ofereceu 10 reais para que elas fizessem uma faxina, e ao entrarem ele trancou a porta impedindo que elas saíssem e obrigando as menores a atos contra a vontade delas.

O caso só foi descoberto porque a menor de 10 anos reclamou com a mãe que não estava conseguindo urinar. Levada ao Hospitão São Sebastião, o plantonista constatou o estupro e a infecção por uma doença sexualmente transmissível.

O aposentado além de preso também teve a sua casa incendiada pela população do bairro, revoltada contra essa violência absurda contra duas crianças. Não sei se isso foi certo, mas sei que a punição contra a pedofilia se tornou mais rigorosa agora, e espero que todos os Natanaeis do Brasil paguem pelo horror que fizeram. E espero que paguem bem caro.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Escolas e conflitos...

Foi matéria de capa de um jornal de Viçosa, a agressão física sofrida por um professor da rede estadual de ensino. O ato violento foi praticado por um ex-aluno da escola pública, que fica no bairro Silvestre. O espancamento do professor T. Gomes gerou sentimento de revolta entre seus colegas de profissão e fez com que o Sind-UTE (Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Viçosa) organizasse um protesto. Como este, muitos outros casos foram divulgados na mídia semana passada. A violência nas escolas tem chamado atenção pelo seu alto índice de ocorrência nos últimos anos.

Em alguns casos, as escolas são vítimas de traficantes, que escondem suas armas em salas de aula e corredores, como aconteceu no Rio de Janeiro semana passada. Outras vezes, a violência tem origem na própria escola. Na segunda situação, nem sempre os alunos são os agressores. Embora a incidência de agressões a professores e funcionários de escolas seja maior. Mas por que a Escola tem sido alvo de tantos conflitos?

O pedagogo Dimas Cassimiro fala sobre a escola como uma materialização da ideologia burguesa. Eu concordo com ele. Desde pequenos aprendemos a vencer, conquistar, ser o maior, o melhor, ter muito dinheiro. Somos estimulados a alcançar esses objetivos a qualquer custo. As diferenças quase sempre são desprezadas, e o indivíduo que não se encaixa no perfil proposto ela sociedade (e pela escola, portanto) acaba sendo menosprezado e excluído. O atual sistema de ensino, de maneira generalizada, não prioriza a formação do caráter das pessoas. O filme Elefante, dirigido por Gus Van Sant, ilustra muito bem essa questão da violência escolar causada por jovens excluídos dos demais alunos por serem ‘diferentes’.

A escola é o um local onde se encontram diversos mundos, inúmeras personalidades, diferentes tipos de pessoas, com referências e origens distintas. E é exatamente neste local aonde os indivíduos dão início ao processo de socialização. As diferenças devem ser respeitadas e consideradas importantes. Agressões físicas e verbais, principalmente nas escolas, não devem ser tratadas com negligência. Aos responsáveis pelo controle das escolas, cabe o dever de ficarem atentos à formação do caráter dos alunos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Uma pequena reflexão...

Aqui no blog nós já abordamos algumas vezes o polêmico tema da redução da maioridade penal. Para aprofundarmos um pouco mais na reflexão desse tema, aqui está o nosso podcast!
Ouça e comente!




Todo cuidado é pouco (parte II)

Como contribuidora de um blog, eu obviamente tenho noção do quanto a internet já faz parte do nosso dia a dia e de como toda essa tecnologia é envolvente, viciante e agradável. Quem começa a se integrar acaba entrando em várias ondas: MSN, Orkut, e-mail, twitter... Não há como negar que tudo isso é muito bom, mas na internet onde nenhuma informação é totalmente protegida, vale a pena tomar cuidados em dobro.

O caso não aconteceu em Viçosa, mas merece ser comentado aqui. A mineira de Varginha, Carla Cristina Vieira, conheceu um namorado através do Orkut, com quem já tinha um relacionamento de três meses. O suposto Carlos Eduardo (Cadu) conheceu até os pais da moça, ficando alguns dias na casa deles.

Carlos, que na verdade chamava Patrick Leandro Ferreira, seqüestrou Carla, que viveu nove dias de terror numa favela do Rio de Janeiro. Primeiro o seqüestrador pediu 100 mil reais de resgate, depois baixou para 80 mil e depois para 30 mil. O resgate não chegou a ser pago, pois o Departamento de Operações Especiais da Policia Civil de Minas Gerais juntamente com a Divisão Anti-Sequestro do Rio de Janeiro entraram e ação e resgataram a vítima.

Apesar de alguns cortes e escoriações, Carla não teve maiores conseqüências além das terríveis lembranças que ficaram e do possível medo da internet nesse momento. Fica aqui o alerta do nosso blog mais uma vez, para mostrar que todo cuidado é pouco. A internet proporciona várias facilidades, entrenimento e informação, mas também serve de oportunidade para golpistas se darem bem em cima de pessoas despreparadas.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Quem ama não mata

Saiu no jornal Tribuna Livre este texto de minha autoria e achei interessante trazer pra cá, já que o assunto se encaixa tão bem na temática do blog.
Em todos os crimes passionais famosos, cometidos desde a década de 60 no Brasil, verificam-se origens semelhantes. Geralmente a raiz do crime está em uma não correspondência amorosa por parte de vítima. Sentimentos de posse e de honra ferida, ciúme doentio, desequilíbrio emocional, e ódio perpassam todos os crimes desse tipo. Alguns casos merecem destaque, devido à sua repercussão nacional, como a “Fera da Penha” na década de 60; o caso de Doca Street, de 1976; o crime de Pimenta Neves em 2000; Lindomar Castilho em 1981 e o mais recente, o de Lindemberg Faria. Em todos eles, a paixão se transformou em ódio e acabou em morte.

O caso de Neide Lopes, a fera da penha, de 1960, talvez o mais cruel de todos, envolve uma criança de 4 anos. Quando descobre que seu namorado, Antônio Couto, é casado, tem duas filhas e que não está disposto a abandonar a família, Neide se vinga, assassinando a filha mais velha dele. O fato de não suportar ser ‘a outra’ fez com que Neide descarregasse seu ódio em uma criança inocente. O que lhe rendeu uma sentença de 33 anos de prisão, dos quais cumpriu somente 15.

O assassinato da socialite Ângela Diniz, em 1976, também ficou nacionalmente conhecido. O sentimento de posse e a não aceitação do fim do romance, fez com que o namorado de Ângela, a “Pantera de Minas”, Raul Fernando do Amaral Street, conhecido como Doca Street, assassinasse a jovem com quatro tiros durante o reveillon daquele ano, em Búzios, no Rio de Janeiro. Qualquer semelhança com Lindemberg Faria não é mera coincidência, e sim o ódio provocado pelo orgulho ferido e um total desequilíbrio emocional.

Lindomar Castilho é outro exemplo de ciúme doentio, possessão e ódio. Ele assassinou friamente a ex-mulher, Eliana de Grammont, poucos dias após a formalização do divórcio. O criminoso indicou o seu primo, Carlos Roberto da Silva, como pivô de sua separação, e também se vingou dele com um tiro. Eliana e Carlos de fato mantinham um romance, que provocou o ódio de Lindomar. O assassino afirmou que no momento do crime se desligou da realidade em função da violenta emoção que sentia.

O ex-diretor do jornal o Estado de São Paulo, Pimenta Neves também merece destaque nesta lista. Ele assassinou a ex-namorada Sandra Gomide, em agosto de 2000, com dois tiros, após o término de um longo namoro. O assassino já havia apresentado problemas de desequilíbrio emocional e chegou a invadir a casa da ex-namorada, armado. Ele afirmou que a jornalista Sandra Gomide o traía. Hoje o criminoso cumpre a pena em liberdade.
Seguindo a série de crimes passionais, vem o caso mais recente, que chocou o país no último mês. Aconteceu em Santo André, em São Paulo, e é claro que não podia faltar o seqüestro. O rapaz, inconformado com o término do namoro e tomado por um ciúme doentio, seqüestrou e matou a ex-namorada. Lindemberg Faria manteve Eloá Cristina, de 15 anos, em cativeiro por 100 horas. O assassino disparou 2 tiros contra a jovem, que morreu logo depois. Constituindo mais um caso de ciúmes, possessão e desequilíbrio mental.
Não se pode saber até que ponto uma pessoa rejeitada, enciumada e desequilibrada pode chegar. Nos diversos casos de crimes passionais, embora em diferentes circunstâncias, os criminosos têm sempre os mesmos motivos. Os assassinos continuam sendo tratados com impunidade. A maioria cumpre pena em liberdade ou cumprem apenas parte dela. A emoção violenta ou a legítima defesa da honra devem deixar de ser desculpas para crimes hediondos, uma vez que forte emoção e orgulho ferido são apenas os motivos destes.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Menino de 30 anos

Acompanhar as páginas policiais de um jornal pode ser uma nova descoberta a cada edição. Desde o tom sensacionalistas que algumas matérias podem adquirir à fatos mirabolantes em si mesmos, a página policial, parte preferida de muitas pessoas em um jornal, é no mínimo curiosa. Nem todo dia se tem notícia de fuga de presos, de esfaqueamento ou coisa assim. Não, delitos menores também têm seu espaço garantido. E um deles prendeu a minha atenção.

Aconteceu no Centro, e logo a vítima foi à polícia e o autor da agressão confirmou. Aparecida Rita Gualberto estava ao telefone quando foi surpreendida pela entrada de eu sobrinho Shirley Gualberto, que partiu para cima dela e a jogou no chão, provocando uma cntusão no cotovelo esquerdo dela e escoriações na perna esquerda. Assim que a Polícia Militar foi notificada, deu voz de prisão à Shirley que confirmou ter agredido a própria tia. Motivo: disse que ela o menosprezava e implicava com ele.

Ora, Shirley não é nenhum menino, tem 30 anos. Supostamente pessoas com essa idade já deveriam ter maturidade o suficiente para não se guiar por impulsos violentos e, principalmente, saber a desconsiderar o que não vale a pena. Não sei se a tia de Shirley tem razão ou não de menosprezá-lo (embora o ocorrido possa dar uma certa idéia), mas creio que isso deliberamente não lhe dá o direito de reagir com violência. Sorte que os resultados foram menos graves. Pena quem sempre as notícias de páginas policiais são "leves" assim...