sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Olhe para trás...

O Sem Tinta tem mostrado vários crimes com duas características evidentes: Uma, a falta de atenção ou de cuidado da vítima, que acaba dando "brechas" para a atuação dos bandidos. Outra, os criminosos geralmente não são localizados. O que está acontecendo? Por que os autores sempre conseguem escapar? Será que faltam policiais nas ruas? Parece que sim.

Acho que o contador José Soares Martins concordaria comigo, ou, pelo menos, não teria sua moto roubada, se a Polícia estivesse pelas redondezas. José, de 49 anos, é mais uma vítima da criminalidade em Viçosa.

Por volta das 22 horas do último dia 23, ele teve sua moto roubada, da garagem de sua casa, que fica na rua Luiz Bhéring, do bairro Santo Antônio. José contou à Polícia que foi seguido por dois indivíduos, um de bicicleta e o outro a pé, portando uma arma. Ele não podia imaginar que estava sendo seguido. E quem imagina essas coisas?

Claro, não podemos andar feito neuróticos, achando que tem alguém atrás. Mas, em todo o caso, não custa nada ficar ligado. Como não temos olhos de águia, é bom dar uma olhada ao redor, quando estivermos em lugares mais isolados e ou escuros.

Se eu estivesse sendo seguida, passaria direto pela minha casa, ou pegaria um caminho diferente e bem movimentado! Assim evitaria pelo menos que os bandidos entrassem em minha casa e levassem qualquer coisa de lá.

A vítima dessa vez teve... será que eu poderia dizer... sorte? Felizmente José não sofreu agressões físicas. Pelo menos isso...

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Todo cuidado é pouco...

Este blog tem tratado muito sobre a atenção, que evita roubos e furtos por vítimas desatentas. Tem tratado sobre os sentimentos humanos que levam pessoas a cometer crimes contra o seu próximo. E tem refletindo ainda a respeito da violência nas ruas de Viçosa. Acontece que esse é um post diferente. Não é sobre a violência que paira nas ruas, nem pessoas íntimas suas que te fazem algum mal. Esse problema aconteceu dentro de casa com alguém que estava dentro da rotina.

O estudante Victor Hugo Marqui saiu de sua casa por volta de 7h30min da manhã, trancou a porta por segurança e foi estudar. Ao voltar para casa à noite percebeu que seu notebook não estava mais lá. A principal suspeita pelo furto é a empregada, por vários motivos. O primeiro é a ausência de sinais de arrombamento, indicando que foi alguém que tem livre acesso à casa. Além disso, ela ficou sozinha em casa pela hora do almoço, saindo para buscar a filha menor de idade na Delegacia, que teria brigado com outra menor. Não há nenhum boletim de ocorrência que comprove isso.

Acho que essa é a hora de refletir a violência pura e simples. O estudante não foi descuidado, tomou suas precauções, mas infelizmente nem sempre isso é o bastante. Longe de casa, em outra cidade, alguns até em outro estado, é complicado saber se a pessoa que você está contratando é honesta ou não. Vale a pena pedir uma indicação a amigos e vizinhos da próxima vez.

sábado, 25 de outubro de 2008

Voltando da balada, ou indo.

São muito freqüentes os assaltos a estudantes em Viçosa. Principalmente por que eles “dão mole” mesmo. Como por exemplo andar pelas ruas do Centro, altas horas da noite. Mesmo com todos os alertas da mídia local sobre a violência, ainda tem gente que se arrisca. É o caso de dois jovens, Henrique Carneiro e Marcelo Moreira, de 19 e 18 anos, respectivamente.

Henrique foi abordado por dois indivíduos, por volta de uma da manhã do último domingo (19), quando passava pela Rua dos Passos, no Centro. O estudante contou à Polícia que caiu no chão após levar uma paulada na nuca. Ainda no chão, Henrique conta ter sofrido socos e pontapés. Ele ficou sem seu RG, sem as chaves de casa e sem dez reais. Mas isso pouco importa perto dos ferimentos, e da amarga lembrança. O jovem de 19 anos foi levado ao Hospital São João Batista. A PM não encontrou os agressores.

O estudante Marcelo não teve mais sorte do que Henrique. Ele foi agredido às 22 horas de sexta-feira (17), por seis indivíduos, no Tiger do Posto Caçula (ponto bastante freqüentado por estudantes, antes e depois da noitada). Marcelo, que admitiu estar alcoolizado no momento da agressão, foi levado, pelo Corpo de Bombeiros da UFV, ao Hospital São João Batista. Não se sabe exatamente o motivo pelo qual o jovem foi espancado. Se é que a vítima se lembra. Suponho que deva ter acontecido alguma provocação por parte dos agressores, pois se sabe que, para os marginalizados, os estudantes são “tudo playboyzinho mané”. E mais uma vez, os criminosos não foram localizados. Ou seja, continuam por aí, cometendo crimes.

É melhor não dar bobeira nas madrugadas de Viçosa. E olha que no segundo caso nem era tão tarde. Ainda tinha outro agravante: a embriaguez da vítima. Uma vez bêbada, a pessoa pode perder o bom senso, revidar provocações, perder os reflexos e aí fica mais difícil sair de uma situação dessas.

Muitas pessoas pensam “isso não vai acontecer comigo”. Mas com esses agressores soltos por aí, ninguém está livre. De qualquer forma, os riscos podem ser evitados, seja voltando mais cedo para casa, seja dando uma de calouro e andando em bando, seja pegando um táxi.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Ciúmes, ciúmes de você...

Aproveitando a última postagem abaixo, decidi continuar com o mesmo tema: ciúme. Eu poderia dizer que embarquei na onda desse tema, mas a verdade é que ciúme é um tema sempre atual. Sempre tem algum crime, ou tentativa de um, passional. Coisas inimagináveis podem fazer uma pessoa atacada pelo ciúme ou pelo amor próprio ferido. E aqui em Viçosa, como não poderia deixar de ser, isso também acontece.

O Bairro Amoras presenciou a discussão de duas mulheres, motivada pela descoberta de que ambas tinham um romance com um mesmo homem. A briga começou quando uma descobriu e invadiu a casa da outra quebrando a janela e a porta da frente para brigar. Os filhos de ambas entraram na briga e até tentativa de esfaqueamento houve. Os feridos foram levados ao hospital São João Batista e depois encaminhados à Delegacia.

Claro que apenas pelo Boletim de Ocorrência não é possível saber o que houve após, mas é possível imaginar. As duas mulheres continuam disputando o mesmo homem safado, se mordendo de ciúmes e tentando não aprontar uma briga, mas sempre se alfinetando quando têm oportunidade.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Amor patológico: Jovem seqüestra ex-namorada em SP

Inconformado com o término do namoro, Lindemberg Alves decide seqüestrar a ex-namorada, Eloá Cristina, de 15 anos. O seqüestro aconteceu em Santo André, na grande São Paulo, nesta segunda-feira (13) e dura até agora. Ciúme doentio ou orgulho ferido? Que motivo levou Lindemberg, de 22 anos, a seqüestrar a ex-namorada?
O caso começou às 13:30h de segunda-feira, quando o jovem invadiu a casa de Eloá, tomando ela e mais 3 amigos como reféns, sob a mira de um revólver. Os colegas da menina foram libertados, mas ela continua presa. O seqüestro já dura 72 horas.
Quando ainda namoravam, os colegas de Eloá já haviam percebido um comportamento possessivo do rapaz. Em outras ocasiões, como no futebol, Lindemberg demonstrava um comportamento diferente. Segundo seus amigos, ele era conhecido como um cara tranqüilo e brincalhão. Motivo que causa mais estranheza para aqueles que conhecem os dois jovens.
O namoro tinha tudo para se tornar uma bela história sobre “primeiro amor”. Quando começaram a namorar, ele tinha 19, ela,12 anos. Uma amiga relata que eles tinham um vida normal. Mas o término do namoro fez surgir a personalidade violenta do rapaz. Muitos crimes passionais têm início com uma história de amor.
O comportamento agressivo do seqüestrador é caracterizado pelo psiquiatra, Táki Cordás, como “amor patológico”. Segundo o médico, o distúrbio se assemelha à uma dependência química. No caso de Lindemberg, o relacionamento se tornou um vício. Fato que o levou a demonstrar um comportamento violento ao perceber que o namoro não tinha mais volta. É como uma crise de abstinência de drogas, que deixa a pessoa nervosa e agressiva.
Como tudo em excesso faz mal, com o amor não é diferente. O sentimento não pode causar dependência nem ciúme excessivo. Ninguém é posse de ninguém. Um dos pontos principais em uma relação é respeitar a liberdade do outro.

domingo, 5 de outubro de 2008

Maioridade penal e impunidade

A maioridade penal é um assunto muito polêmico. Um adolescente menor de idade já tem consciência de suas atitudes. Sou a favor da redução da maioridade penal, mas não acho que mudaria muita coisa se ela diminuísse de 18 para 16 anos apenas. Um exemplo disso, foi o crime ocorrido no bairro Santo Antônio. No último dia 27, às 16 horas, uma menina de 12 anos foi esfaqueda por um garoto da mesma idade.

Segundo a mãe da vítima, há algum tempo o agressor vinha importunando sua filha, com xingamentos do tipo "cabelo de bombril", "piolhenta", entre outros. Crianças, ao contrário do que muitos pensam, podem ser muito perversas. Certas implicâncias infantis, aparentemente inofensivas, devem ser reprimidas / punidas, pois podem ter sérias consequências. E foi justamente o que aconteceu na tarde daquele sábado, quando o agressor, após xingar sua vizinha de bairro, atacou-a com uma facada nas costas. A menina foi levada para um hospital e o agressor recebeu, em sua casa, voz de apreensão da Polícia Militar.

Um menina foi esfaqueada e seu agressor advertido. Isso é justo? A questão da maioridade penal precisa ser revista, definitavamente. A criminalidade juvenil precisa ser contida.